sábado, 15 de novembro de 2008

Colônia Linha Franceza

Segue abaixo o texto de um e-mail que recebi do amigo Benno Lermen, com informações sobre a local de moradia dos primeiros Bennemann no Brasil:

"Boa tarde, Luís!
Algum tempo atrás recebi um caderno manuscrito, redigido pelo Padre Mathias Kercher, já falecido, contendo informações sobre a história local e sobre algumas famílias aparentadas do autor do texto. Lá aparecem os nomes do Huberto Benemann (Lote 11) e Pedro Fusiger (aquele casado com a irmã do Huberto) (Lote 12). Num rascunho de mapa, aparece a localização das terras do Huberto Benemann ao lado da igreja da Linha Francesa Alta, e as do Pedro Fusiger ao lado das do Huberto. O Huberto certamente ficou com as terras que, no início, pertenciam ao Heinrich Bennemann.
Os originais foram doados à viúva Dapper, nascida Kercher. São dela os eventuais direitos autorais.
Um abraço, Benno"

Mapa e texto sobre Linha Franceza, Localidade de Barão/RS, retirados do manuscrito do padre Mathias Kercher;


Colônia Linha Franceza

"Na Linha Franceza Alta moraram mais Famílias, cujos nome me são desconhecidos. Assim o sinal      indica uma terra de apenas 12 hectares. No começo pertenciam a Hubertus Benemann, que as vendeu ao imigrante Artus – bisavô de Claudio e Lourenço Artus. A Família Artus queria outras terras, melhores e maiores. Mas não foi preciso mudar. Em 1890 foram morar na Linha Franceza Baixa.

+ Sinal da Igreja. Os colonos receberam do governo imperial ou da Companhia Montravel 12 hectares de terra, para ali instalarem a futura paróquia. Isto aconteceu verdadeiramente 100 anos depois, em 1963.

Linha Franceza é um morro comprido e muito acidentado. Os agrimensores, isto é, o imigrante Ten Caten, juntamente com um agrimensor tirolês – o velho Andrioli – bisavô de Albino Andrioli, e um agrimensor vindo da (p.92) Holanda (por essa razão há uma pequena colônia Holandesa na Linha Franceza), cujo nome não pude identificar, fizeram uma obra perfeita, distribuindo as terras.

Naquele tempo, Barão e Salvador, etc. etc. estavam cobertos de densa mata virgem. Havia muitos animais selvagens e bravios, mas o mais temido era o índio. Os agrimensores usavam muitos homens, escravos e livres como batedores. Enquanto mediam as terras em lotes de 48 há, os batedores faziam grandes fogueiras, atravessavam a mata de ponta a ponta, dando tiros à toa, e matando quando era necessário. Isto foi em 1855, antes da chegada dos imigrantes."

Obrigado Benno pela importante ajuda;

lbennemann@gmail.com